quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Crescimento da Educação à Distância

Educação a distância mantém crescimento de 40% ao ano Análise da Associação e-Learning Brasil aponta que investimentos deverão se manter e, até 2010, o setor deverá atingir um volume de R$ 3 bilhões ao ano A educação a distância veio para ficar. Aos que ainda estavam reticentes sobre a evolução desta modalidade de ensino no Brasil, um estudo recente realizado pela Associação e-Learning Brasil não deixa dúvidas: o setor vem se consolidando ano a ano e deve manter taxas de crescimento de 40% ao ano até 2010, quando deve movimentar um volume de R$ 3 bilhões. Para dar uma idéia de evolução, a entidade registrou que, entre 1999 e 2005, os gastos feitos por empresas e escolas envolvendo iniciativas como treinamento de funcionários, cursos rápidos, graduação e pós-graduação somaram R$ 470 milhões. Somente em 2005, foram R$ 168 milhões.Mesmo representando um crescimento considerável – principalmente levando-se em conta uma economia que cresce menos de 5% ao ano –, os números registrados foram considerados conservadores pelo presidente da entidade, Francisco Soeltl. “Estes dados dizem respeito a 71 organizações, que representam apenas 14% do universo que declararam já terem utilizado a educação a distância com uso de tecnologia no Brasil”, explica. Sobre a distribuição dos investimentos, o estudo aponta que os recursos foram dirigidos em grande parte em conteúdo online (48%), serviços e sistemas de gestão (29%) e controle do aprendizado e em salas virtuais (23%). Expansão Além do aumento nos investimentos, outros dados confirmam a forte expansão deste mercado. Números registrados pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) apontam, por exemplo, que a expectativa de fornecedores de treinamento, conteúdo, equipamentos e insumos é aumentar o faturamento do setor em 57% este ano, o que representaria um total de R$ 59 milhões. O mesmo levantamento mostra ainda que o Brasil totalizou, em 2006, cerca de 2,3 milhões de alunos no ensino a distância credenciado pelo MEC, em educação corporativa e em projetos nacionais e regionais do Sebrae, por exemplo. Na prática, isso significa que um em cada 80 brasileiros participou de algum curso a distância no ano passado. Outro bom exemplo é que, apenas no ensino credenciado pelo MEC, o número de estudantes cresceu 54% em 2006 e chegou a 778 mil pessoas. Se o calculo incluir apenas alunos de graduação e pós-graduação, o aumento foi de 91%, também em 2006. Tendências Para Soeltl, o crescimento é natural. “O e-learning abre portas para que mais gente faça cursos e, assim, o custo cai. Outro ponto importante é o aumento de vendas, já que as empresas capacitam mais rápido seus vendedores, no caso de treinamento corporativo”, afirma. Segundo outro especialista no assunto, Waldomiro Loyolla, diretor científico da Abed, o crescimento da educação a distância ocorre também por ser uma tendência relativamente nova no País, que democratiza o acesso de mais alunos ao ensino. Ele ressalta, porém, que o conceito nem sempre significa economia para empresas e escolas. “Isso é um mito. É mais barato quando há larga escala. Caso contrário, é mais ou menos a mesma coisa que o método presencial e, para pequenas turmas, pode ser até mais caro.” Governo investe Comprovando os dados levantados pela Abed e pela e-Learning Brasil, diversas iniciativas têm recebido apoio do governo federal. A segunda leva de DVDs do programa TV Escola, por exemplo, já está disponível na internet, no portal Domínio Público - biblioteca virtual disponível aos usuários da internet. São mais de 150 horas de programação educativa com conteúdo de diversas disciplinas, produzido pela TV Escola para uso de professores de todo o País. Para assistir ou copiar, basta acessar o o site, filtrar a pesquisa e selecionar o programa desejado. O material, que está sendo distribuído para 75 mil escolas, atende a 12 disciplinas e o conteúdo do programa "Salto para o Futuro" e "Sala do Professor", todos com objetico de possibilitar a formação continuada de professores do ensino fundamental e médio. Os demais títulos estão divididos nas disciplinas artes, ciências, educação física, escola/educação, ética, história, língua portuguesa, matemática, meio ambiente, pluralidade cultural, saúde e literatura.O MEC também possibilita o acesso aos programas educativos por meio do projeto DVD Escola, que beneficia 50 mil escolas públicas de ensino básico em todo o País. As escolas participantes foram equipadas com um aparelho de reprodução de DVD e a primeira caixa do programa, com 50 mídias e, aproximadamente, 150 horas de programação. Com o lançamento da segunda caixa de DVDs, além de atender novas escolas, a ação do governo federal alcançará os 375 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) cadastrados pela Secretaria de Educação a distância, que receberão aparelhos de DVD para atuar como pólos de difusão e atualização permanente das novas programações da TV Escola. O MEC também anunciou que montará 297 pólos de capacitação para atender a 60 mil professores de nível básico, já no segundo semestre. De acordo com o Conselho Nacional de Educação (CNE), o país tem um déficit de 240 mil educadores. Os pólos, criados a partir de parcerias com municípios e universidades, oferecerão aulas presenciais e a distância, com o apoio de coordenadores. Responsável pela criação dos pólos, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) já trabalha com a formação de pesquisadores e docentes do ensino superior. E passará a gerir o programa Universidade Aberta do Brasil, criado em 2005 na Secretaria de Educação a Distância do ministério. De acordo com o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, os cursos serão um complemento para a formação do professor. A prioridade, explicou, é para as disciplinas de matemática, química, física e biologia. As propostas estão na Lei nº 11.502, sancionada no último dia 12 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.De acordo com a assessoria de comunicação do ministério, a lei prevê ainda que os participantes de cursos de capacitação para o exercício das funções de formadores, preparadores e supervisores deverão ter, no mínimo, nível superior, experiência de um ano no magistério ou estar vinculados a cursos de mestrado ou doutorado. Fonte. http://www.educlique.com.br/EAD/

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